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essoas que sofrem de apnéia do sono têm um risco elevado de desenvolver problemas de memória e demência à medida que envelhecem. Esta foi a conclusão de um estudo recente da  Universidade da Califórnia, EUA.

Para o estudo, uma equipe de cientistas acompanhou quase 300 mulheres por um período médio de cinco anos. No início, todos os participantes tinham testes de habilidades cognitivas normais. Os pesquisadores descobriram que as mulheres que foram diagnosticadas com apnéia do sono tinham duas vezes mais propensão a desenvolver o declínio da memória e outros sintomas de demência.

A apnéia do sono faz com que pessoas sofram paradas respiratórias durante o sono, às vezes centenas de vezes por noite. A razão é uma repetitiva obstrução das vias aéreas. Assim, o nível de oxigenação do sangue cai progressivamente até que o corpo acorda e abre as vias aéreas tetornando a respiração normal até que uma nova apnéia aconteça. Normalmente, a pessoa não acorda totalmente e não tem consciência de que isso está acontecendo.

Para os testes, os pesquisadores analisaram uma série de fatores específicos relacionados com a apnéia do sono, incluindo os níveis de oxigênio durante o sono, duração do sono e freqüência de apnéias durante a noite. O risco de desenvolver demência parece estar diretamente ligada à quantidade de tempo que as mulheres experimentaram uma diminuição dos níveis de oxigênio.

"Os resultados indicam que as pessoas com problemas de memória e raciocínio devem ser rastreados para uma possível apnéia do sono como causa", disse Kristine Yaffe, professor de psiquiatria, neurologia e epidemiologia e principal autor da pesquisa que foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

O estudo já foi reconhecido como um passo importante para uma melhor compreensão da gravidade da apnéia do sono, seus efeitos sobre o cérebro e a importância do tratamento. "Faz sentido que um bom sono vai servir de proteção para o cérebro," disse o Dr. Robert Thomas da Harvard Medical School em Boston, Massachusetts, que é um especialista no assunto, mas não estava envolvido neste estudo.

"A nova pesquisa mostra um efeito muito mais dramático de distúrbios do sono do que a perda de memória simples. Comprometimento cognitivo é um jogo totalmente diferente", acrescentou o Dr. Luis de Lecea, professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade de Stanford , na Califórnia, que estuda os distúrbios do sono e seus efeitos sobre a memória e outras funções cerebrais em animais de laboratório.

As apnéias do sono geralmente são mais frequentes durante a fase REM do sono. "Esta é a fase em que sonhamos e é muito importante para a consolidação do aprendizado e memória. As pessoas que sofrem de apnéia têm redução da qualidade e da duração da fase REM do sono, com consequente prejuízo para a memória e raciocínio, afirma o Dr. Marcelo Andrade, especialista em medicina do sono pela Associação Brasileira do Sono.

Claro que tratar a apnéia do sono não impede todas as causas de declínio das funções cognitivas relacionadas à idade. Mas estes últimos resultados podem mudar a forma como a classe médica vê a importância do sono para a saúde física e mental em geral. A esperança é que o diagnóstico precoce e tratamento eficaz dos distúrbios do sono crônicos poderá pelo menos ajudar a retardar o desenvolvimento de demência, tendo em vista que a expectativa de vida da população continua a aumentar.


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